Eu sofro para acordar no horário, qualquer que seja o período do ano, por isso geralmente gosto do horário de verão pelo simples fato de poder sair do trabalho ainda com alguns raios de sol. Dá a impressão que terei ainda muito tempo pela frente.
Mas o resultado tem sido bem outro. Como saio do trabalho às 19:00h, com ou sem o sol, logo logo chega a hora de ir pra cama, porque senão, no dia seguinte, o preju é certo.
Ultimamnete tenho sacrificado as minhas horas de lazer na internet em prol da obrigação diária. É que, entre um site e outro, a hora passa muito rápido e depois o sono não vem logo, porque a atividade online me deixa ligada. Fico a mil na internet. Costumo abrir de 8 a 12 abas ou janelas e fico pulando de uma para outra... lendo, postando, interagindo com os amigos virtuais. Quando percebo, já passa da meia noite e tenho que acordar antes das 6:00h, para poder chegar as 7:00h no trabalho. Se não durmo pelo menos umas 5 horas bem dormidas, fico sonâmbula o dia todo, e isso prejudica a minha produção no trabalho.
Ultimamnete tenho sacrificado as minhas horas de lazer na internet em prol da obrigação diária. É que, entre um site e outro, a hora passa muito rápido e depois o sono não vem logo, porque a atividade online me deixa ligada. Fico a mil na internet. Costumo abrir de 8 a 12 abas ou janelas e fico pulando de uma para outra... lendo, postando, interagindo com os amigos virtuais. Quando percebo, já passa da meia noite e tenho que acordar antes das 6:00h, para poder chegar as 7:00h no trabalho. Se não durmo pelo menos umas 5 horas bem dormidas, fico sonâmbula o dia todo, e isso prejudica a minha produção no trabalho.
Lá também fico ligada na internet, porque faço muitas consultas de jurisprudência online. Com essa torrente de leis novas todo dia, haja dinheiro para atualizar a biblioteca. Ainda bem que o Poder Legislativo disponibiliza as Leis online e os Tribunais também publicam os julgados nas suas páginas na internet, o que facilita pra caramba.
Vez por outra passo meses inteiros sem fazer um post sequer, não por falta de assunto, mas de tempo para um post de qualidade. Outras ocasiões, publico com mais frequência, mas não tenho um tema certo, nem periodicidade para tais atualizações. Blogar para mim é um lazer e tento manter isso sem compromisso, sem agenda, sem obrigação, sem estresse, só espontaneidade.
Para acabar com esse jejum, vou postar uma receita de BROA DE MILHO que aperfeiçoei a partir de uma receita que me foi dada por D. MARIA, de DOM AQUINO - Mato Grosso. Essa senhora faz a broa de milho salgada mais deliciosa que eu já provei em minha vida. E todos os 10 mil habitantes de Dom Aquino são unânimes nesse veredicto. Morei 10 meses em Dom Aquino e lá conheci essa senhora simpática. Morei mais 7 anos em Jaciara, distante 19km de Dom Aquino, para onde eu ia semanalmente buscar a minha encomenda: 50 broas congeladas de D. Maria, para assar no fim de semana.
Quando meu marido foi transferido para Lucas do Rio Verde, cidade onde moramos atualmente, eu fui até a casa da D. Maria e pedi a ela a receita da Broa. Todos falavam para mim que eu não conseguiria a tal receita, porque a D. Maria é muito ciumenta da sua arte e também porque ela vive de vender os seus quitutes, prontos ou congelados. O certo é que eu consegui a receita, escrita de próprio punho pela generosa senhora. No entanto, quando fui experimentar, o resultado não foi o mesmo. A broa ficou muito mole e na relação de ingredientes faltava algo que eu sabia que deveria conter.
Como sou "artista" do fogão, pois cozinho desde os meus 10 anos de idade por conta e experiência próprias, além de ter tido professoras de renome como a minha saudosa avó NAIR e a sua amiga ainda viva MARIA BARATA, desenvolvi um paladar apurado para detectar com facilidade os sabores sutis contidos em cada quitute, além do que noto na consistência do prato preparado os indícios dos ingredientes importantes para dar a necessária "liga".
A Arte Culinária é uma alquimia que envolve todos os sentidos de quem está trabalhando no preparo da receita. O olfato, o tato, o paladar, a visão, a audição e o sentimento de amor pelo que se está preparando. O olfato é a percepção do aroma de cada ingrediente e do alimento pronto. O tato é indispensável para se avaliar a textura de cada ingrediente, da massa e do produto pronto. O paladar é para identificar os sabores de cada elemento da receita e degustar o prato final. A visão é para dar a forma final, aprimorando a aparência apetitosa do prato. A audição é para se notar os sons produzidos durante o preparo do alimento, assim como os que se deve ter quando se degusta o prato pronto, porque a crocância, a maciez e a fluidez de um prato tem seus sons próprios. Por fim, a atenção, o amor e a dedicação com que o cozinheiro se envolve no preparo dos alimentos é ingrediente indispensável ao sucesso de qualquer prato.
Assim, com todos estes sentidos desenvolvidos durante mais de 40 anos de práticas e experiências culinárias, consegui, a partir de uma receita defeituosa, chegar ao resultado idêntico em sabor, cor, textura, paladar e aroma, receita esta que, após alguns erros, está finalmente aprovada para compartilhar com os meus leitores. A receita que passo agora não é mais a receita da Dona Maria da Broa de Dom Aquino. Esta é a RECEITA DA BROA DE FUBÁ DA HELENA. Experimentem e apreciem.
RECEITA DE BROA DE FUBÁ DA HELENA
Ingredientes
. 400 ml de leite
. 120 ml de óleo de soja
. 200 ml de água
. 1 xícara de farinha de trigo (150 ml)
. 2 xícaras de fubá mimoso (300 ml)
. 2 xícaras de polvilho doce (300 ml)
. 1 xícara de cebolinha verde picadinha (150ml)
. 3 a 4 pimentinhas malaguetas frescas picadinhas sem semente
. 4 ovos inteiros
. 1 colher de chá de sal
. 1 colher de sopa rasa de fermento químico
. 1 xícara de fubá mimoso para enrolar as broas.
Preparo
. Em uma panela de 4 litros, coloque o leite e o óleo para ferver.
. Enquanto isso, em uma vasilha, misture a farinha de trigo e o fubá e umedeça a mistura com a água.
. Em seguida, assim que o leite abrir fervura, despeje a mistura umedecida de fubá e farinha de trigo e mexa sem parar até formar um angu consistente. Depois coloque numa vasilha para esfriar um pouco.
. Enquanto esfria, prepare o tempero da seguinte forma: pique a pimentinha e coloque-a em 1 colher de sopa de óleo, com o sal, e amasse um pouco para espalhar o sabor.
. Depois de fria a massa cozida, acrescente os 3 ovos inteiros, o polvilho e o tempero aos poucos.
. Amasse bem e vá provando para ver se a quantidade de sal é do seu agrado. A massa fica um pouco grudenta, na consistência de um pure de batatas mais durinho. Se ficou assim, está pronto. Se ficou muito mole, coloque mais um pouquinho de polvilho, em colheres... até a consistência certa. Isso vai depender do tamanho dos ovos.
. Amasse bem e vá provando para ver se a quantidade de sal é do seu agrado. A massa fica um pouco grudenta, na consistência de um pure de batatas mais durinho. Se ficou assim, está pronto. Se ficou muito mole, coloque mais um pouquinho de polvilho, em colheres... até a consistência certa. Isso vai depender do tamanho dos ovos.
. Por último acrescente a cebolinha verde picada e o fermento, polvilhando-o por igual sobre toda a massa e misturando homogeneamente.
. Para ajudar a enrolar, deixe a mistura na geladeira por algumas horas (2 no mínimo).
. Na hora de enrolar: Em uma travessa, coloque 1 xícara de fubá. Com 2 colheres, vá tirando porções da massa e moldando bolas e colocando-as sobre o fubá. Passe as faces da bola no fubá com ajuda de uma colher. Depois pegue cada bola e enrole gentilmente, acrescentando fubá às mãos para não grudar. Faça as bolas mais ou menos do tamanho de pingpong e enfileire-as em uma assadeira.
Para assar imediatamente, deixe 2 cm entre as bolas. Se preferir, coloque para congelar e depois de duras, guarde as bolas em sacolinhas em quantidades a seu gosto. Asse-as sem descongelar. Pré-aqueça o forno a 200º (6 bocas) ou 180º (4 bocas). Asse por 30 minutos. Depois eleve a temperatura para dourar por 5 a 10 ninutos. Bom apetite!!!
Rendimento: 50 a 60 broas.
Rendimento: 50 a 60 broas.
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